Cada uma tem uma dor e nenhuma é tola, são esses sentimentos que abalam nossa confiança em nós mesmos, muitas vezes vindos de crenças de outros, como o peso, o padrão de beleza, que afeta nosso ato de vestir-se com graça e leveza diariamente.
Deixa eu me apresentar: Olá! Sou Kelly Serrano e antes de ser consultora de imagem, sou mulher, mãe, esposa, cuido da minha casa, da família, das compras no mercado, da gata, do almoço de todos…como diria a maravilhosa Rita Lee “…uma pessoa comum, filha de Deus…”.
Peso hoje 74Kg, mas cheguei aos 78Kg em julho e nenhuma calça fechava, literalmente! As de elástico me apertava. Antigamente iria me punir com uma sentença que talvez você conheça: Não compro roupas até emagrecer! Mas qual a lógica de ter roupas que não te vestem ou se fechar o botão irão te deixam desconfortável fisicamente e psicologicamente?
Compreendi que tinha algo por trás de várias sensações que vinha sentindo e fui procurar ajuda na ayurveda, pois também aprendi que mais que precisar de um especialista em um assunto que eu até possa estudar, nunca serei especialista, é maravilhosa a sensação de ter alguém cuidando de mim.
Neste momento comprei 1 calça no tamanho que me deixa confortável, um tamanho que pela forte atuação das mídias desde sempre, não é um padrão de beleza e com isso nada interessante. Mas sei que sou muito mais que um número e o que me levou a esta consciência??
As próprias marcas! Não há uma modelagem padrão onde um número de calça é o mesmo em todas as lojas e a cada dia parece que diminuem o tecido e mantém o número na peça, cheguei a questionar uma vendedora se as peças de determinada loja eram infantis, pois não correspondiam ao número da etiqueta.
Essa sensação de não ser boa, bonita ou interessante visualmente o suficiente vem da indústria que quer a cada dia colocar um padrão cada vez inalcançável, pois é da natureza humana desejar o que não se pode ter.
Antes de se sentir acuada pelo número das suas roupas lembre do trecho do filme O Diabo Veste Prada, em que eles falam que o 42 de ontem é o novo 40 de hoje. É só um número querendo manipular o que você pensa e acredita sobre si mesma, não permita isso.
Claro que mais que uma questão visual, me sentia cansada, com muito calor, dormindo mal e sabia que era uma questão de saúde. Exatamente por querer mudar e me sentir bem em todos os aspectos, comprei uma calça.
Uma calça que é versátil o suficiente para me acompanhar em todas as minhas tarefas, em tecido, modelagem e cor. Que compondo com as outras peças que estão no guarda-roupa e me vestem eu podia passar uns 2 meses facilmente sem repetir o look e olha que eu nem tenho tanta peça assim.
Esta calça me representa e representará o meu momento de compreender o que realmente e preciso para chegar onde eu desejo, no meu ritmo, à minha maneira e quando ela ficar grande e não me vestir mais, será transformada em uma ecobag, como representatividade de que com disciplina, conhecimento e organização, tudo é possível.
Esta carta aberta da minha vida real, íntima e pessoal é um pedido para que você aceite seu momento, planeje seu caminho e comemore suas conquistas! Não se prive, não se puna! Compre uma peça, aquela peça que te faça muito feliz! De boa qualidade, nada de roupa sem vergonha que não vale nada, aquela peça bonita, da loja que você ama, invista em você, para que todos os dias ao se vestir você se sinta merecedora, gata e grata por estar no caminho certo, o seu caminho!
Quanto mais leve e feliz for seu ato de se vestir, menos frustração descontará mastigando comidas, petiscos, beliscos, doces ou travando os dentes a noite.
Permita-se a ser feliz a usar o que tem com graça, a ter uma peça cúmplice do seu momento, ninguém verá a etiqueta dela só o quanto radiante e maravilhosa você está, vestida de si mesma, no tamanho que for.
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